Considerações sobre a morte na visão da Igreja Católica

O Dia da Morte; pintura de William-Adolphe Bouguereau (1825-1905)

A morte é a porta da vida eterna. Através dela se entra no além. É uma passagem obrigatória. “É destino do homem morrer” (Hb 9,27). Um destino que leva a marca da culpa original: “A morte é o salário do pecado” (1 Cor 15,21). Por isso é terrível morrer. E a morte nos demonstra cruamente quanto é verdadeira a palavra de Deus: “Lembra-te, homem, que és pó, e ao pó voltaras” (Gn 3,19).

Com a redenção operada por Jesus, porém, a morte na graça de Deus é o sinal da salvação eterna; para os Santos, a morte é a entrada no Paraíso. São Paulo parece gritar de alegria quando escreve:

“Para mim a morte é um lucro” (Fl. 1,21). Por isto São Tomas Morus, condenado à morte pelos heréticos, no dia do suplício quis vestir sua roupa mais linda e preciosa.

E São Carlos Borromeu se fez pintar um quadro sobre a morte, que figurava um moribundo cheio de serenidade; perto dele estava um anjo lindo com uma chave de ouro na mão, pronto para abrir a porta do Paraíso. Que graça é morrer Santo! “Preciosa para Deus é a morte dos seus Santos” (Sl 115,15).

Catecismo Romano

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